Sobre
| somos nômades_
não pensamos que a cidade é um espaço uno e indiviso. aprendemos na pele que ela está em constante produção e disputa. é como um novelo ou uma meada, um conjunto multilinear, uma multiplicidade, assim como a gente.
não somos só um coletivo, somos um conjunto de vetores, de tensores. se falamos de dispositivo, é porque nossas ações não são lineares, são intensivas. para nós, a intensidade se confunde com a diferença, com a potência de criar algo novo.
ao demonstrar redes de força na cidade, buscamos criar zonas de diversidade, afinal, o sujeito pode ser afetado no mais íntimo de si pelas singularidades dos espaços, pelo dinamismo, pela história, ou até mesmo pela sua simples permanência em um espaço.
a CAU_ afirma diferenças e potências nos territórios citadinos, fazendo experimentar o que vem de fora, fazendo experimentar o prazer de perder-se e de desterritorializar-se, de afetar-se pelo novo, por mais que este novo já seja muito familiar. interessam outras histórias, outras vivências, outras sensibilidades, outras sociabilidades, outras vizinhanças, outros caminhos.
isso tudo tem a ver com um sentido ativo de existência, com um engajamento [est]ético-político, com um compromisso em habitar, existir e produzir vida, corpo, potência, pensamento e cidade simultaneamente, com um compromisso permeado por experimentações e investidas que provocam uma nova maneira de [r]existir no mundo.
o que fazemos é aumentar conexões entre [in]divíduos e territórios, possibilitando outros modos de ser e estar nos lugares que permeamos e que nos permeiam todos os dias, consciente e inconscientemente.
investimos em contágios, afecções, novas experiências e, claro, no outro, afinal, na cidade, mais do que nunca, eu é um outro.
no limite, a CAU_ é o nosso mapa: um curto circuito na Cidade.
